domingo, 21 de dezembro de 2008

A Um Ausente


Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enloqueceu, enloquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.
"Carlos Drummond de Andrade"

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Sem fantasia - Chico e Bethânia

Na sequência...uma das letras mais lindas e emocionantes que já ouvi até hoje...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Aimee Mann - Save Me

Quando a inspiração não vem procuro músicas, textos, poemas...

sábado, 29 de novembro de 2008

RELAÇÕES E EMOÇÕES


Nem sempre nossas emoções são compreendidas dentro de uma relação.
Principalmente se essa relação começou de um jeito diferente.
E essa diferença acaba fazendo parte da relação que começou principalmente, por uma emoção profunda, contundente e inexplicável.
Foi inexplicável a contundência do amor que brotou.
Deste broto se desenvolveu uma emoção incontrolável.
Do descontrole da emoção veio o final.
E do final...o que sobrou?
...

domingo, 9 de novembro de 2008

UM LINDO FILME

HÁ 6 ANOS ATRÁS...



Dia 8 de novembro de 2002, 5 horas da manhã estávamos eu e Marcelo na Avenida Santo Amaro a caminho da Maternidade São Luiz.
Depois de uma noite insone, sentindo pequenas dores, a hora havia chegado.
Lembro perfeitamente do caminho e da sensação de medo, ansiedade, aflição e alegria.
Confesso que mesmo depois de 40 semanas não estava preparada para o que sentiria.
Às 8 da manhã o que era apenas um sentimento tomou sua forma bem na minha frente, meu mundo mudou naquele instante.
Meus medos triplicaram, minha forma de amar se transformou, meu egoísmo se limitou e minha vida se transformou completamente.
2008 seis anos depois, 11 horas da noite estou no meu sofá, sozinha porque Tiago quis dormir na casa da prima, liga meu irmão e diz que meu filhote queria voltar pra casa...saudades da mãe.
Pode ser óbvio mas não existe nessa vida um sentimento maior do que o amor que sentimos por nossos filhos.
Saúde e alegria é tudo que eu peço para poder viver cada minuto da minha vida junto com meu filho.
Te amo
Te amo
Te amo...

domingo, 2 de novembro de 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Midnight Oil - Dreamworld

Estava assistindo VH1 quando de repente pintou este clip que me fez lembrar de um tempo muito bom. Imagine que este clip é de 1987 no entanto é tão atual. Os caras eram bem bons!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Dói, mas é bom...


Hoje senti que estava “acumulada”, essa foi a palavra que mais se encaixou no meu vocabulário para definir minha situação.
Lá pelas 5 da tarde me deu um estalo, liguei para um lugar e maquei às 15 pras 8 da noite um Shiatsu. Nunca fiz e confesso que sabia muito pouco sobre essa terapia, só sei que precisava desopilar energias acumuladas.
Vou te contar dói mas é muito bom....recomendo uma horinha de puro deleite.
Essa terapia foi desenvolvida no Japão mas é originária da China. Previne algumas doenças, tipo: dor na coluna, articulações,insônia, dormências, tensão pré menstrual, stress, ansiedade, boa pro coração, cabeça, cansaço...putz muitas coisas.
Agora me fala se você não tem um desses sintomas?
Então faça um Shiatso no final do seu dia !!!!

Obs: A palavra é derivada do japonês SHI que significa "dedo" e ATSU "pressão", ou seja pressão dos dedos.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

ASSISTAM


“As curtinhas do Dudinha Curtinha” passa no Jetix às quintas das 22:00 às 22:30.
Você vai ver curtas de animação 2D e 3D. Sensacionais. Vale a pena assistir. Eu e Tiago nos divertimos muito, vale pra todas as idades.

A DÉCADA DE 50


A idéia de escrever sobre a década de 50 partiu desta foto montada na internet pela Luíza, minha cunhada. Não é mais novidade o site que monta seu rosto com fotos de várias décadas. A que achei menos horrorosa foi dos anos 50. Procurei na internet dados que me ajudassem a escrever o que se passava nessa época no Brasil e achei um texto lindíssimo escrito pelo Advogado, jornalista, radialista, escritor, professor e político brasileiro Artur da Távola (Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 1936 — Rio de Janeiro, 9 de maio de 2008), ele descreve um Brasil bem carioca mas nessa época o Rio estava no seu ápice e seu texto é realmente delicioso.


“E de repente a década de cinqüenta varejou minhas defesas e talvez pela distância de mais um ano que se vai, derrubou as muralhas do meu hoje.
Veio o após-guerra carregado de crenças e reconstruções. As Nações Unidas augurando um mundo novo, para um homem novo.
Era a festa de formatura, o par constante. Era dançar "Lover" com a orquestra de Osvaldo Borba. Rosto colado, uma conquista. Cine-Rian, sessão das quatro selava o chamado "namoro firme".
Era Dolores Duran crooner de orquestra. Eram as músicas da Dolores na voz de Almir Ribeiro, que morreira afogado no Uruguai. Era o baile do Marimbás, era aquela briga no baile do Yate. Era penetrar nas festas, era o bingo ou a "boite-show" Era Didi, era Tesourinha. Era Rubens, era Castilho chamado de "leiteiro", o maior goleiro que já vi jogar (não dava certo na seleção). Era Tiroleza, era o inesquecível Gualicho, ganhando no jóquei. Era o incêndio do Vogue, era o Tenente Bandeira, era a noite de Antônio Maria ou a crônica do Rubem Braga. Era Gregório Barrios cantando "Dos Almas", era o bolero "Hipócrita" ou a orquestra de Roberto Inglês o dia inteiro nas rádios. Era "Night and Day".
Era uma ânsia de coisas novas parecendo possíveis e predispostas a servir um mundo de menos ameaças. Era o "acebolado" do Lamas, era Nat King Cole ou Billy Eckstein. Era "Tenderly". Era Caymmi cantando "Sábado em Copacabana". Era Ava Gardner! Um dia ela veio e tomou um pileque na boite em que estávamos. Sei quem saiu com ela.
Era o Carlinhos Oliveira copy-desk do Diário Carioca.
Era hoje o grande escritor Rubem Fonseca (já leram O Caso Morel?), então apenas o Zé Rubem, fazendo peso. Era Prudente de Morais Neto entrando na redação diariamente e apertando a mão de um por um.
Era Tom Jobim e um amigo seu (e meu) o Newton Mendonça, morto muito cedo, o Newton “Maestro", lá numa Ipanema sem badalos e só ternuras. Um dia Newton conseguiu gravar, se não me engano com a cantora Dora Lopes. Veio correndo contar. Depois, "Desafinado", "Samba de Uma Nota Só" com o Tom. Tom ficou, foi gênio e gente boa, Newton morreu e só ficou para uns poucos conhecedores de nossa música popular, e para nós seus amigos.
Era uma esperança enorme nas pessoas. A década de 50 foi a década da esperança. A gestora de expansões posteriores que se embebedaram de si mesmas, se atrapalharam todas, mas nem por isso deixaram de ser importantes. Era uma vontade de Ser.
Era a Rádio Nacional, era Paulo Roberto e a Lira de Xopotó. Era Marlene ou Emilinha? Era Blecaute. Carmélia Alves, Bill Farr, e a voz linda de Neuza Maria. Era Luis Bonfá despontando e Donato talentoso. Era Roberto Menescal destrinchando os primeiros mistérios da guitarra nas festinhas do Posto 4. Era o terno jaquetão e calça boca 21. Era a Boate Casablanca com o show da "Velha Guarda", quando a turma de Pixinguinha começava a ser redescoberta. Era a "felipeta", era o lotação, era o TBC, era o Teatro de Nélson Rodrigues. Era o filme francês, era o filme italiano. Era Villa-Lobos vivo.
Era o estribo do bonde e o sanduíche de mortadela. Era o carro conversível do amigo rico, era a coleção de carteiras de cigarro. Meu pai fumava Petit Londrinos.
Era o pai da garota, era a mãe casamenteira. Era o "pega-rapaz", era a anágua. Era a Ângela Maria, era Cauby. Eram as chapinhas premiadas do refrigerante "Guará". Era o Repórter Esso, era a construção civil, era a Petrobrás. Era Brasília no sonho, o futuro na esperança. Era a Turma dos cafajestes, era o "High-Life", era beber "Cuba-Libre", que horror! Era o Rio alegre e solto. Era San Thiago Dantas professor. Como era inteligente!
Década de cinqüenta, foste um hiato disfarçado de "belle-époque". Uma pausa de esperança. Um suspiro de descanso. Hoje, quando voltas, não creio eu nostalgias. Creio em novos cansaços, tão prematuros.”

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Minha primeira vez...

...em um lançamento de carro foi na semana passada.
Na verdade eu nem havia sido convidada oficialmente.
A convidada oficial foi a Iracema, Diretora do departamento onde trabalho e uma grande amiga.
Só que Iracema estava em Paris e por motivos mais que óbvios não poderia comparecer então sobrou para Fernanda.
Dia 18 de setembro às 20 horas começava o coquetel, às 21 horas o jantar e às 23 horas o show.
Fui com Celsum (fiel escudeiro do trabalho e uma figura ímpar) no meu carro obviamente porque o Celsum é um “caronista” nato.
Chegamos pelo lado errado, entramos pelos fundos, nos perdemos, passamos por inúmeras salas e finalmente depois de muito implorar para alguns funcionários do hotel WTC, chegamos na entrada principal do evento com uns 50 minutos de atraso.
Entramos totalmente fora do ritmo e milhares de pessoas se aglomeravam no coquetel que em minutos se encerrou e abriram-se as portas para o salão principal.
Uma enorme sala de convenções super decorada para o lançamento do Línea novo carro da Fiat, com muitas, muitas mesas redondas espalhadas pelo recinto.
Segundo o Celsum lembrava uma festa de Formatura.
Achamos nossos conterrâneos da Leo Burnett e sentamos na mesa para saborear um Proseco muito bom.
O jantar foi servido com entrada, proseco, prato principal, proseco, sobremesa, proseco, proseco.
Com o jantar terminado e todos os pratos e talheres recolhidos foi avisado que o show começaria.
Entra no palco o Nelson Mota e nos avisa que Caetano e Roberto Carlos entrariam para fazer um show juntos cantando músicas do Tom Jobim.
Fiquei literalmente em choque.
Ok, eu achava que o show seria com eles mas entre achar e ter a certeza absoluta existe um longo caminho.
Tenho que dizer que fiquei ouvindo o show absolutamente em silêncio e totalmente chapada.
Me desculpem os fãs do Caetano mas o “Rei” apaga todo o resto. Esse homem tem um carisma que impressiona!
Quando o Roberto cantou “Eu sei que vou te amar” e ainda declamou aquele poema maravilhos lágrimas caíram dos meus olhos como a mais absoluta romântica inveterada que sou, foi lindo....
O tempo passou muito rápido e o show terminou, ficou um gostinho de quero mais, gostaria de ver e ouvir o Roberto Carlos cantando suas músicas da época da Jovem Guarda deve ser o máximo.
Na hora de ir embora ainda parei para cumprimentar o Senador Eduardo Suplicy, não resisti...sempre respetei esse homem e fui até lá para me apresentar, lembrem-se que com alguns prosecos na cabeça nossa noção diminui bastante....além de abordá-lo comentei sobre sua casa em Picinguaba e seu sobrinho Felipe que foi um amigo de praia há alguns bons anos atrás. Não me decepcionei, ele foi um gentleman, perguntou meu nome, me agradeceu e eu mui educadamente me despedi.
Na saída Tiago ainda se deu bem, ganhei uma miniatura do Linea que ele já se encarregou de colocar junto com os Hot Wheels.
Fui embora com uma sensação de leveza, me diverti, me emocionei e bebi muito proseco...

sábado, 16 de agosto de 2008

FOI EMOCIONANTE VER II....


O César Cielo ganhar o OURO.
O choro e a emoção incontrolável.
A bandeira do Brasil subir ouvindo o Hino Nacional.
O público do cubo d`água aplaudindo em pé antes de acabar o Hino.
O time da natação brasileira invadindo a piscina pra comemorar.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

FOI EMOCIONANTE VER...


O César Cielo ganhar o Bronze.
O choro.
Ver a bandeira do Brasil subindo.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

IMPRESSÕES OLÍMPICAS


Vocês já perceberam como os nomes dos saltos na Ginástica Olímpica são bem maiores que o tempo de duração delas?
Impressionante, quando a comentarista fala de tudo que o atleta fez durante o salto que dura alguns centésimos de segundos fico esperando o salto em slow motion pra ver se consigo perceber onde está tudo aquilo.
Rodada flip com uma pirueta e meia.
Duplo Mortal Esticado carpado.
Estou torcendo pra Daiane levar uma medalhinha...ela merece.

O Phelps, um atleta incrível. Ele chega na piscina sempre do mesmo jeito, iphone nos ouvidos, olhando para baixo, sobe naquele degrau, larga os braços com força cruzando umas 3 vezes, aperta o óculos se prepara nada e ganha todas.

No vôlei de praia masculino o melhor pra mim é o Nummerdor da Noruega. O que é aquilo ? Sensacional, vou torcer, ele merece uma prata.

No vôlei de praia feminino estou com medo da dupla Walsh e May...o Brasil tem que tomar cuidado com essa dupla...

Por enquanto esses são as modalidades que estou vendo. Tentei o handbol masculino mas me irritei. Tentei o handbol feminino e fiquei muito nervosa. Basquete feminino vi por 5 minutos e desisti.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

UM AMOR QUE DEU CERTO


Eu conheci o Marcelo (meu ex-marido e pai do meu filho) na aula de natação.
Sim...ele era meu professor....sim ele me seduziu...e sim, eu o seduzi.
Sabe aqueles encontros que tinham tudo pra dar certo....e deu!
Nós namoramos por alguns anos e estes, foram maravilhosos!
Meus amigos se tornaram amigos dele até hoje e eu adoro isso.
Nossas famílias se entendem...eu gosto muito deles e ele adora a minha também.
Nós casamos e não me arrependo um centésimo de segundo sequer de ter vivido com ele cada minuto.
Nós ficamos “grávidos” e nosso filho é o melhor de nós dois.
Portanto o fim de uma relação como a nossa, não se tornou um ranço, uma desilusão.
Foi um encontro de duas pessoas que precisavam se conhecer, se amar, se duplicar e se tornarem amigos.
Amigos na essência mais verdadeira que eu conheci até hoje, sem desmerecer meus grandes amigos.
Hoje eu sou feliz porque o pai do meu filho é de fato um companheiro.
Essa foi uma relação que deu certo e dá até hoje.
A prova disso tudo está ali ao nosso lado, nosso filho.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

TÁ BOM ASSIM.


Tenho casa.
Tenho filho.
Tenho família.
Tenho amigos.
Tenho emprego.
Tenho independência.
Tenho saúde.
Tenho uma religião.
Tenho plantas.
Tenho cerveja na geladeira e comida também.
Tenho uma cama de casal só pra mim.
Tenho um banheiro só pra mim.

PRA QUÊ QUE VOU PROCURAR SARNA PRA ME COÇAR?

SONHO REALIZADO



Existe um lugar que pra chegar só atravessando um morro por uma trilha no meio da Mata Atlântica ou pelo mar em um canto direito de uma praia, que em dia de uma certa lua em um determinado dia do mês a maré fica tão baixa que nem molhar os pés você molha.
Um lugar com um mar que vai do verde ao azul em um único dia.
Um lugar que de tão limpo os borrachudos ainda povoam com uma voracidade que há muito tempo não sentia.
Neste lugar você pode ver uma ilhota há poucos metros de distância da areia. Pode-se chegar nadando nela e andar por suas pedras.
Quem mora são umas duas famílias de pescadores que lá nasceram e que voltam todos os dias do mar com peixes frescos para o jantar de seus filhos.
Neste lugar está o sonho da vida do meu pai. O sonho dele se tornou realidade depois de muitos anos.
Valeu a pena, ele escolheu um lugar maravilhoso para ser feliz e quando vejo seu rosto olhando para toda aquela beleza, a alegria estampada, uma excitação quase juvenil em um homem de 79 anos eu penso: “Quero ser igual a ele quando crescer”.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Feliz Dia do Trabalho!

Por Carlos Fernando Moura

Viva o trabalhador brasileiro!


Durante muito tempo, achava o Réveillon a data mais significativa entre todas as datas comemorativas. Confesso que ainda gosto da virada do ano e seus signifcados grandiosos, como mais uma fase vencida, barreiras ultrapassadas que compõem nossas retrospectivas pessoais, sempre recheadas de vitórias pouco reconhecidas e derrotas supervalorizadas. Enfim, o recomeço.

Mas hoje, aqui debaixo, debaixo dos meus 40 anos, não tenho dúvida nenhuma ao afirmar categoricamente: a data mais importante dentre todas as datas comemorativas que existe é o Dia do Trabalho!

O dia do trabalhador, em especial do trabalhador brasileiro (mesmo porque não saberia falar do trabalhador ucraniano, venezuelano, estadunidense…). Mais especificamente do trabalhador brasileiro das famílias de baixa renda. Este sim é o meu herói. O meu ídolo completo. Í – D – O – L – O. Com todas as letras, com todas as mais carregadas tintas da perseverança, da persistência, da esperança, da grandeza, da atitude, da riqueza espiritual, da magnitude, do bom humor, da rebeldia.

Pode não parecer, ou pode até parecer loucura aos olhos mais apressados, mas o trabalhador brasileiro é antes de tudo um inconformado. Um revolucionário que diante de todas as mais absurdas situações do nosso país, insiste em se levantar, se arrumar, sair e ir trabalhar. É como se ele gritasse na nossa cara: “Podem me sacanear, podem me ignorar, podem me fuder de todas as formas. Eu vou trabalhar!”

Este meu herói ao mesmo tempo macunaímico e cheio de caráter, passa a vida em constante Odisséia. São os nossos Ulisses entre bumbas lotados, chefes irascíveis, salários minguados, bocas escancaradas, berros apontados sobre a cabeça. Berros policiais, berros marginais. E mesmo assim, ele segue.

Espremido entre a violência, o descaso, a ignorância, o preconceito e a falta de respeito, o meu ídolo segue altivo como um autêntico guerreiro zulu. Um cangaceiro mítico que destoa e se destaca na paisagem, mas que insistimos em não notar.

Despercebido e desapercebido, ele segue.

É a este meu ídolo e herói, o-trabalhador-brasileiro-das-famílias-de-baixa-renda-que se-recusam-a-desistir-e-seguem-adiante-mediante-qualquer-intempérie-ou-obstáculo que-se-coloque-a-sua-frente, é a este gigante que eu humildemente rendo todas as homenagens.

Hoje, 1º de maio de 2008, quinta-feira, provavelmente encontrarei alguns deles dos dois lados do balcão, nos pontos de ônibus, nas ruas e limpando as ruas. Sim, hoje, no feriadão de 1º de maio, eles passarão na frente de casa, como sempre fazem às terças, quintas e sábados, e levarão os lixos que deixamos nas ruas. E hoje, receberão de mim uma caixinha. Uma singela caixinha pra rachar, pra, sabe Deus, tomar uma cachaça pra esquentar.

Uma homenagem simbólica a todo o grande trabalhador brasileiro. Este meu herói!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

A Criação de Adão


“É um afresco pintado por Michelangelo Buonarroti por volta de 1511, que figura no teto da Capela Sistina. A cena representa um episódio do Livro do Gênesis no qual Deus cria o primeiro homem: Adão.
Deus é representado como um ancião barbudo envolto em um manto que divide com alguns anjos. Seu braço esquerdo esta abraçado a uma figura feminina, normalmente interpretada como Eva – que ainda não foi criada e, figuradamente, espera no céu para ganhar uma forma humana. O braço direito de Deus está esticado para criar o poder da vida de seu próprio dedo para Adão, o qual esta com o braço esquerdo estendido em contraposição ao do criador. Os dedos de Adão e de Deus estão separados por uma pequena distância.” (Wikipédia)

Em 1995 conheci a Capela Sistina e olhei pessoalmente a Criação de Adão e todo aquele teto cheio de arte e beleza.
Em 2006 eu ganhei um quebra-cabeça de 5000 peças que é uma foto da Criação de Adão.
Em Setembro de 2007 depois de uma rebordosa amorosa resolvi começar a montá-lo.
Com a ajuda de amigos e da família a rebordosa passou e o quebra-cabeça ficou pronto, isso foi em Março de 2008. Obrigado a todos os colaboradores: Mazinha, Tiago, Beta, Bowie, Claudinha, Mizica e tantos outros.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

UM SONHO

Um lindo penhasco, grande, com predras úmidas e escuras, lindas, reflexo do sol sobre elas.
Duas pessoas, Clau e Eu, lá em cima... olhando para baixo, um espelho.
Saltamos, juntas e chegamos no mais lindo lago, claro, liso,limpo e transparente que já vimos e sentimos.
Descemos.... e subimos...aquela água limpa, fria, rejuvenescedora e olhamos...
Fim.


quarta-feira, 9 de abril de 2008

Simonal - Ninguém sabe o duro que dei.

Na sexta fui convidada para assistir "Simonal- Ninguém sabe o duro que dei" no Festival de Documentários "É tudo verdade". Pela primeira vez a história que cerca a vida do Simonal foi colocada para o público ver de maneira verdadeira sem ser tendenciosa. Neste documentário ficamos a par de tudo que aconteceu, sem "dorar a pílula", como se dizia antigamente. Um fato triste que nos privou de curtir e conhecer ainda mais e melhor este artista incrível, cheio de swing, com uma voz doce e forte e que conduzia a multidão de fãs como nenhum outro cantor conseguiu fazer até hoje no Brasil. Se este documentário conseguir entrar nos cinemas, por favor não deixem de assistir, seja qual for sua idade, religião ou estilo musical.

R.E.M - Munich (Radio 1 Live Lounge)

Muito bom! Ouçam!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

A difícil arte de escrever.


Por semanas tenho pensado em várias coisas pra escrever. Super interessantes, legais, divertidas, tensas, profissionais, mas o fato é que entre você pensar e escrever de fato, existe um hiato muito grande.
De tanto pensar, canso do assunto e começo a achar desinteressante.
Fato é que fiz 40.
E estou me sentindo como se tivesse uns 35.
Mas na verdade tenho 40 vividos, isso quer dizer que já estou na metade, na melhor das melhores das mais otimistas hipóteses, da vida (terrena).
Isso quer dizer que tenho muito pra contar mas se penso muito desinteresso e não escrevo.
Voltamos ao início.
É assim que me sinto hoje aos 40, voltando ao início...

terça-feira, 11 de março de 2008

A Ilha da “Fantasia”



Estava zapeando minha TV depois que Tiago foi dormir e parei no canal History Channel, estava passando um programa chamado alguma coisa como “Grandes obras da engenharia”.
Estavam mostrando a construção de uma ilha chamada The Palm em Dubai.
Fiquei chocada. Eu já sabia desta tal ilha fake, construída pelo homem artificialmente em forma de uma palmeira mas eu não sabia o tamanho da coisa toda.
A quantidade de mega caminhões, mega tratores, mega super navios, tudo enfurnado ali naquele pedaço lindo do mar.
São milhões de toneladas de rochas ENORMES que um dia devem ter sido montanhas lindas de pedras, explodidas e colocadas em caminhões gigantescos estrada a fora para chegar em um mar maravilhoso e descarregar tudo ali e assim formar uma “linda ilha artificial” (?).
Gente, um quebra-mar de 17 km foi construído ali pra poder proteger a tal da ilha, 17 km com 17 a 20 milhões de toneladas de pedras! Fico imaginando o impacto que não deve rolar no oceano! Eles fizeram esse quebra-mar porque no inverno as ondas ali, no alto mar chegam a 3 metros e seria um perigo para os prédios que serão construídos ali.
Caramba elas estão no lugar delas! Agora o que vai acontecer? Aquelas ondas de 3 metros que deveriam ser absorvidas pelo mar serão bolqueadas pelos milhões de rochas que foram explodidas das montanhas. Isso sem contar a vida marinha...
Temos a parte “vida marinha” parece que o mar de lá é muito salgado e por isso não tem muitos peixes, corais e afins...Mas para os “supers dupers” Xeiques isso não é problema, eles contrataram pessoas que desenvolveram algo como uma pequena descarga elétrica que faz com que corais sejam construídos com uma velocidade impressionante assim “cria-se” a vida marinha para a construção de um mega lugar para mergulho!
Sabe isso tudo não me parece muito normal e nem bonito, me parece aterrador! Tentar construir um paraíso destruindo parte da natureza não faz sentido na minha cabeça.
Tudo isso só para construir milhares de prédios comerciais, Hotéis bregas e acreditem ou não a construção de uma “cidade” que eles buscaram a inspiração em Atlântida, o reino perdido.
Não quero aqui tirar o mérito desses grandes engenheiros do mundo todo que lá estão e em como eles são inteligentes, tecnológicos, avançados e coisa e tal mas com tantos paraísos naturais que tem no mundo, pra que construir uma mega ilha em formato de palmeira onde o impacto, acredito eu, seja absurdamente forte? Grana? Orgulho? Poder? Ineditismo?
Eu não sei, eu realmente tenho medo do ser humano pensante...

sábado, 8 de março de 2008

Bob Dylan: Eu Não Fui – Miguel Sokol “Rolling Stones”, março 2008


“Nem iria, não enquanto um maldito ingresso custar R$ 900,00, dinheiro que compra a discografia completa dele, mais a videografia, a bibliografia e ainda de sobra um troco para uma “cervejografia”, completa.
Tá bom, R$ 900,00 era o preço V.I.P. (“very idiotic pelople”), em São Paulo. Falemos então dos ingressos populares, daquelas cadeiras atrás da pilastra, quase dentro do banheiro, vendidas a R$ 250,00. Por favor! Um lugar no céu por toda a eternidade e com vista para o mar custa mais barato do que isso em qualquer igreja que loteou o paraíso.
Ainda que o Dylan fosse um caso isolado...Mas o Sean Kingston(!) chegará a R$ 300,00(!!). E não adianta chamar a policia. Ou você faz questão de esquecer que para ver o Sting e companhia no gigantesco Maracanã se desembolsava quinhentão?Ok, quem não se incomodou em só ouvir, sem enxergar porra nenhuma, pagou mais barato.
E a piada não tem graça. Organizadores resolveram que shows no Brasil são eventos sociais, verdadeiros cruzeiros pelo Caribe, bicho. E quem gosta de música que vá para o inferno.
O que se passa na cabeça perigosa desses hediondos idiotas? Já sei: “Bob Dylan tem 66 anos, então é um show de tiozão. Enche de mesa, meta a faca na entrada e estoca azeitona, porque a gente vai vender muito martini lá dentro”.
É por essas e outras que o Skank precisou de uma década de sucessos terríveis como “Jack Tequila” para descobrir os Beatles e ter a oportunidade de gravar Maquinarama. E a culpa não é deles. Qual Samuel Rosa aos 19, 20 anos de idade tem R$ 900,00 no bolso pra freqüentar Bob Dylan? Eu sei. Aquele mesmo que, quando cresce, se torna mais um crítico descolado que gosta mais de si mesmo do que de música, e sai por aí dizendo que o Strokes estão ultrapassados só para lamber o próprio saco, elogiando qualquer banda com menos de uma semana de existência. E pelo simples motivo que só ele a conhece. Deus me livre!
Não. Eu não fiz, faço ou farei questão de ir a esses shows caros. Essas apresentações do Bob Dylan no Brasil estavam para o rock assim como os camarotes da Sapucaí estiveram para o Carnaval: Samba uma pinóia! Só aquele monte de celebridades querendo dinheiro para vestir camisa de marca de cerveja.
Tudo não passa de uma grande vitrine de loja dos horrores, cheia de gostosas pleiteando uma vaga na coluna social, canibais poderosos que não tinham aonde levar as amantes antes do ‘jantar’ e toda a sorte de VIPs, BBBs e PQPs.
Mas quem teve coragem de vender a mãe para encarar essa sucursal do inferno, com certeza foi recompensado por um Bob Dylan que , mesmo sem fazer a menor idéia de onde tinha se metido, sabia exatamente onde estava. Se não soubesse, essa não seria a turnê de um disco chamado The Mother Times, amigos.”

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

POSICIONAMENTO - SP/POA – 05.02.2008

Primeiro dia:

Começa com tempo nublado claro no aeroporto de Congonhas.
A caminho de uma filmagem, conheço dois integrantes da equipe: O Diretor de Fotografia Jacó e o Assistente de Fotografia Eduardo “Pimenta”.
Despacha equipamentos.
Um cafezinho antes do embarque.
Vôo tranqüilo, sol com muitas “nuvens algodão” em baixo, começo a ler a autobiografia do Eric Clapton.
Um pouso muito bonito em Porto Alegre. Me impressionou a beleza do Guaíba com aquele sol lindo de fim de tarde (19:10 – horário de verão), muito verde. Lindo de se ver.
Hotel no bairro da Cidade Baixa, a primeira vista um bairro boêmio, com Sobrados antigos e bonitos.
Encontro Chris, Isabela e Roberto (assistente de direção, produtora e Diretor).
Um jantar no restaurante Uruguaio “alguma coisa” Parilla, com todos os envolvidos na filmagem de amanhã.
Jantar bem gostoso com pessoas de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre trocando informações.
Conversa sobre os planos para a filmagem do dia seguinte, a hora pra se levantar (dolorosamente levanta-se às 5, 5 e meia da manhã) e acertos finais do dia que virá.
Depois de um belo jantar muito bem “kibutzado” voltamos para o hotel.
E vamos dormir porque amanhã a história começa bem cedinho....


Ps: que saudades do meu bichinho.

domingo, 27 de janeiro de 2008

A 1a.Paella de 2008

Foi a primeira do ano
Do Duda vai ser a segunda. Tá prometido
Sábado pré carnavalesco. Nublado
Feriado, Anivesário de São Paulo
Compras no Pão de açúcar
Sempre a mesma pergunta no celular: O que eu levo Fê ?
Sempre a mesma respota: Ah... sei lá, traz uma cervejinha
E chega cerveja...
Sessão pica-pica (legumes e mais legumes)
Frutos no fogo. Amigos em volta curtindo...
Fotinhos rolando
Música rolando
Fogo fervendo
Frutos prontos
Pausa para um cervejinha tranqüila e geladinha
Mais conversinha
Várias fotinhos
Arrozinho misturadinho cozinhando
Cheirinho boooommmm
Roda panela de tempos em tempos
Tensão no ponto do arroz
Música
Cervejinha, conversinha, xixizinho, cigarrinho
De olhos “nela”.
Depois de horas....
Quando todo mundo tá morrendo de fome
Você serve
Silêncio na casa
Cheiro de açafrão na casa
Leveza
Satisfação
Alegria
Um docinho
Um cafezinho
Muito papinho
Cerveja final
Música
Filhote sempre na mente (na verdade o tempo todo)
Tchaus
Beijos
Elevador
Casinha
Blog

Esse foi o meu dia de hoje
Que assim seja...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

O QUE HABITA NO BANHEIRO


Um Tubarão
Um Homem-Aranha
Um Jacaré
Um Tubarão filho
Uma Orca
Um Power Ranger-vermelho
Um Bob Esponja
Um Galinho Chicken Little
Um Castor
Um Rato
Uma Coala
Um Pingüim
Um Canguru....